Mód. 3: A Primeira Republica no Brasil
Mód. 4: Constares do Brasil republicano
Mód. 5: Período entre guerras: a era dos contrates
A República da Espada foi o primeiro momento da República, dominado por militares. Em 1889, o marechal Deodoro da Fonseca depôs a monarquia e liderou um governo provisório, seguido pelo marechal Floriano Peixoto. Esse período centralizou o poder federal para evitar o retorno da monarquia.
Em 1891 foi promulgada a primeira Constituição republicana, criando o Brasil como República federativa. Essa Constituição mantinha a separação dos poderes (Executivo, Legislativo, Judiciário) e estabeleceu o sufrágio universal masculino com restrições.
A partir de 1894, o poder político ficou nas mãos das oligarquias rurais de São Paulo e Minas Gerais (a chamada política do “café com leite”). Prudente de Morais, civil paulista, foi eleito presidente em 1894, marcando o fim da República da Espada.
Nesse novo arranjo, acordos entre presidente e governadores (política dos governadores) garantiam que as elites locais apoiassem o governo central. O país seguiu em sua maioria como exportador de café, e os presidentes passaram a alternar-se entre as oligarquias paulista e mineira.
Coronelismo e voto de cabresto: Nas áreas interiores, coronéis (grandes fazendeiros locais) exerciam forte domínio político. Eles organizavam “currais eleitorais” onde asseguravam votos para os candidatos que favorecessem seus interesses. Esse controle rígido dos votos pelas forças locais é conhecido como voto de cabresto, prática que manteve as oligarquias rurais no poder por toda a Primeira República.
A sociedade da Primeira República era agrária e desigual. Havia grandes fazendas (latifúndios) onde a maioria da população rural trabalhava em condições precárias, frequentemente dependente dos coronéis locais.
O direito ao voto era muito restrito: somente homens alfabetizados com mais de 21 anos podiam votar. Filhos de família pobre, analfabetos, mendigos, militares de baixa patente e religiosos com votos de obediência foram excluídos. As mulheres não tinham direito ao voto – a Carta de 1891 nem sequer mencionou o sufrágio feminino.
Assim, apenas cerca de 2% da população votava, o que mantinha o poder nas mãos da elite agrária urbana e rural.
A economia da Primeira República foi dominada pelo ciclo do café. O café era nosso principal produto de exportação, e o governo adotou políticas para favorecer os cafeicultores. Por exemplo, mantinha a moeda nacional desvalorizada para que as exportações de café gerassem mais lucro em cruzeiros.
Além disso, em 1906 ocorreu o Convênio de Taubaté, em que o Estado comprou estoques de café a preços mínimos para controlar a oferta e sustentar preços internacionais.
No início da República, houve também o Encilhamento (1889–1891): uma tentativa de rápida industrialização via emissão desenfreada de moeda e crédito fácil, que acabou em inflação elevada e quebra generalizada do mercado de ações.
No fim da República, a quebra da Bolsa de Nova York em 1929 atingiu duramente o Brasil, causando queda nos preços do café e a maior crise financeira do período.